sábado, 2 de março de 2019


                     “Os vinte Homens mais Ricos do Mundo, tem entre si                                Um terço do dinheiro  Mundial"                                                                                                                                                         


          “Mais de meio milhão de crianças morre de fome todos os anos em África

           Lia-se na primeira página do jornal do dia, seguro e aberto ao alto pelo pai, de cotovelos apoiados na mesa do pequeno almoço. Diante dele, cinco, quase seis anos de idade, porque com tão pouca ainda, uns meses é tempo, o filho, leva a colher com os cereais à boca e com a outra mão, brinca com oTm. Cansa-se! Desinteressa-se. E distraidamente, pousa no título do jornal os olhos. Demora-se nele, parece refletir e olha pela janela da cozinha para o jardim da casa. 
            -Pai!
            Chama ainda pensativo.
            -Ho, pai! -Chama de novo, mais assertivamente.
            -Diz filhote! Que é? Já terminaste?
            -Não pai, ainda não. Escuta pai: Se uns tem muito, muito. E não precisam de tudo e outros tem pouco, pouquinho e até passam fome. Podiam uns dar aos outros, ficavam todos um bocadinho ricos e ninguém tinha fome.
            O pai fechou o jornal. Dobrou-o, pousando-o na mesa ao lado da chicara de café que terminara de beber. Ficou e silêncio.
            Formado numa das melhores universidades do mundo. E por duas vezes: primeiro em economia, depois em informática. Criador de sete, das dez mais vendidas aplicações informáticas de gestão empresarial, e de duas redes sociais. Habituado a ser interpelado com as mais diversas questões e em sempre fáceis, ficou em silêncio.
            Ouvira o comentário do filho, criança chegada à sua vida já algo tarde, depois do investimento na formação, na carreira, no sucesso, que atingira cedo, mas atrasando o casamento e a vinda do filho. E ficara preocupado. A sinceridade que viu no olhar do filho, incomodara-o e deixara-o, deveras preocupado!

Final poético, idealista, que habita nos corações dos homens bons, que são pobres:

            E esse incomodo, essa preocupação tinha razão de ser. Fora preciso o espelho franco no olhar do seu filho de cinco anos, quase seis, para se olhar ele a si mesmo e se questionar: Como pudera ser tão cego, tão obcecado pelo dinheiro, que não vira o monstro economicista em que se transformara. Pois mudar-se-ia a si mesmo e no que dependesse de si, ajudaria a mudar o mundo. Convertendo tudo o que tinha, ou quase, em acção humanitária. E cada refeição que fizesse chegar a cada criança com fome, cada escola que criasse, seria o seu legado. E não seria pouco, pois segundo a revista Forbes, ele, não só era um, como o mais novo desses vinte “…homens mais ricos do mundo.”

Final real:
           
            E esse incomodo, essa preocupação tinha razão de ser. Imperava tomar mais atenção à educação do filho. Senão, cresceria e com a mania das igualdades e solidariedades, ainda lhe dizimava a fortuna que tantos e tão prematuros cabelos brancos lhe trouxera. Quem sabe!? Adere ao Green Peace e dá tudo para salvar as baleias. E não seria pouco, pois segundo a revista Forbes, ele, não só era um, como o mais novo desses vinte,” …homens mais ricos do mundo.”

        Baseado numa noticia real:   https://www.publico.pt/2019/01/21/economia/noticia/ricos-50-pobres-1858751

    E que o Homem no mundo, deixando-me ficar mal, com diferente realidade chame mentira ao que penso e escrevo neste pequeno texto.

                   V. D.
           
           







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