O Politicamente Correto, Correcto
À diferença entre aquilo que pensamos, comentamos em casa com amigos e família e o que sem nos apercebermos, ou quase, falamos em publico uns com os outros entre estranhos ou meros conhecidos, àquilo a que se chamaria à algum tempo atrás, de hipocrisia, hoje, chamamos de "politicamente correcto".
Pois é, fiz questão de começar desta forma este texto de opinião, poupando assim, a todos os que à partida não se identifiquem com esta verdade o avançarem mais na leitura do mesmo. A esses, a Liberdade de, de imediato colocarem sobre o X o cursor do rato, e partirem para quem talvez de forma, "politicamente correcta", diga para os cativar o que se espera, e não o que verdadeiramente pensa. Porque aqui, neste blogue, e em troca de cliques ou visitas, nada mais do que, o que eu realmente penso, irão ler.
Aos outros; eis o que penso, e ao mesmo tempo, o que à boca pequena ouvi de outros e em privado:
E eu penso por exemplo, que talvez ficasse bem algum recato de respeito, na relação do Sr, Presidente da Republica para com todos nós, abandonando a exagerada postura de que, "...é como qualquer um...", longe da realidade que sabemos ser bem diferente, nas três ou quatro presenças diárias nos telejornais, vestindo sim, mais a pele de uma vedeta de TV do que a de um Presidente da Republica, e que fosse mais adequada, muito embora menos conveniente à garantia de reeleição a um novo mandato.
Falando de TV, como exemplo de igual forma, penso também, que não fica bem à Sr.ª Fátima Lopes, a mal disfarçada criação de um programa que imita o do seu colega de outro canal, (e a prova do que digo, é o sabermos do que falo sem o mencionar sequer), acabando o mesmo por ser, uma hora de troca de galhardetes de gente famosa para com gente famosa, do género, "eu sou tão boa e tu és tão boa, e nós somos tão bons". E isto em mais um formato barato, dos muitos que hoje, preenchem para além dos telejornais e o futebol a quando da época, como a fruta, a programação dos três canais generalistas, (deixo de fora a RTP2, ainda com carácter próprio), que alternam entre novelas pobres, nacionais ou não, ou programas feitos com a prata da casa, em que os protagonistas, ora aqui ora ali são sempre os mesmos. De forma menos séria, penso que à Luciana Abreu, alguém deveria dizer que já não é Floribela faz anos, mas mãe de filhos, cuja forma de estar deveria ser mais adulta, ou no mínimo mais composta. Ou de forma mais séria questiono-me, sobre que perspectiva quantitativa, vivendo em Portugal cerca de 160 mil cidadãos de origem brasileira, (1,5%), se consegue que raras, raríssimas, sejam as entrevistas televisivas de rua em que um, ou mais, elementos dessa pequena fracção da população não esteja presente.
Não, não sou xenofono, apenas tampouco sou o inverso para com nenhuma nacionalidade, sentimento cuja definição, fosse talvez favoritismo. Agora dizer-lo, não é certamente "politicamente correcto". Como nos perguntarmos e a propósito, não pagasse a União Europeia em dinheiro, facilidades e acordos, e que posição teriam os políticos desta Europa, acerca daqueles que fogem genuinamente da fome, ou da guerra, ou dos outros a quem a miséria desses, serve de camuflagem para outros objectivos.
E é aqui que nascem os fabricantes de opinião, hoje em dia fortemente ajudados pela "leveza" das redes sociais. E que dependendo dos seus objectivos, vaidade pessoal e interesses, vão publicando em suas paginas opiniões, supostamente de encontro ao senso comum, e em que com mil "likes" dizem hoje uma verdade, e num amanhã que nem precisa ser distante, dizem como verdade igual, o contrário do que haviam dito antes com os mesmos mil likes. Desacreditando assim, aquilo em que podemos depois crer, quando nós mesmos, recebemos comentários de "gostei muito", da parte dos "online amigos", sem que possamos saber até onde é real, ou somente investimento de reciprocidade, na espera em paga dos nossos também "gostei muito". Que a não existir, ou transformados no "não gostei", acabam com a referida relação de "amizade".
E assim, nos deparamos quando sinceros connosco mesmos, pensando com os nossos botões: -Como vendeu tanto esta musica? Já esquecida a pouco tempo. Ou como ganhou fama, ganhou dinheiro e aplausos, alguém que apenas se "peidava, dizia asneiras e cuspia para o chão, num reality show qualquer? De onde vêem as audiências dos programas que tão poucos parecem gostar? E mais grave; bem mais grave, como foi eleito este ou aquele político, que na verdade se revelou o inverso do que parecia, e em quem todos pareciam acreditar.
Como resposta, que ninguém gosta de apostar em perdedores, e dizia em tempos o povo e muito bem, que uma mentira dita mil vezes vira verdade. Ou seja; gostar de quem aqueles que gostamos gostam, e assim, sem saber, todos gostamos do que afinal concluímos não gostar.
A quem leu até aqui este artigo de opinião, ou porque até foi encontrando nele algo de comum com o que pensa, ou apenas para no final me chamar idiota e o classificar como um chorrilho de asneiras, eu peço que por favor, pois gozo desse privilégio, não sou, nem pretendo ser predador de opinião, que ao falar dele para com os outros, mas principalmente para consigo mesmo, o faça com a verdade do que sinta. Ou então, nem sequer dele fale!
Pois para mim, basta que amanhã, você oiça a musica que todos parecem gostar, antes de formar sobre ela opinião; que leia o livro que dizem mais vender, antes de o defender, compre apenas o que a si lhe faz falta ou aprecia, mesmo que aos outros não interesse, mude para o canal que fala do que gosta, parecendo mesmo ninguém gostar, e vote no político em que você acredita, mesmo os outros dizendo dele desconfiar, e principalmente, faça o seu juízo sobre o mundo, criando nem que seja o seu próprio ideal, e você nele o único, porque isso, meu amigo "online", é o que verdadeiramente faz de si Livre.
E se achar que eu sou um idiota, diga-o, e discorde, pois ao concordar, no "politicamente correcto" com um idiota, você será certamente mais idiota do que ele.V.D.
7/2018
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