O MUNDO: Amados filhos de outros

 

                          

Com estes textos pretendo apresentar a página em que escrevo sobre o Mundo. Quando no caminho da vida, entre um dia de Sol e outro de chuva, me sento numa pedra do caminho, acendo um cigarro, e o que vejo, tenho que o pensar.


                                   Amados filhos de outros

    
   Todos nós temos uma fé! E reconhecendo ou não, e mesmo que não acreditar num Deus, não signifique não ter fé, agnósticos ou ateus, procurando bem, aquilo em que acreditam encaixa-se mais à justa ou não, nalguma religião.
 Oiço então alguns: -Eu não tenho religião alguma!, - e logo em seguida, -Acredito em mim, e pronto. E não são poucas, mais difundidas ou menos, as que defendem ser dentro de nós mesmos que Deus se revela. Não encontra o homem, se alcançar o iluminismo, (estado de graça e poder, conhecimento absoluto da verdade), encontrar na procura dentro de si mesmo, Deus, para lhe chamar no caso Buda.
       Em que acreditaria Narciso, se a vaidade lhe tivesse dado para a religião?
      Explorar essa fé deveria ser um dom. Um dom que Ele, concede àqueles que justos, puros e honestos,...bons enfim, para que o representem, na sua bondade, misericórdia e justiça. 
       É bonito!
        Só que, ao que parece, outro tipo de ser poderoso, deu também aos seus escolhidos outro tipo de dom. O dom de conseguir no homem, transformar a força da fé numa fraqueza. A uns, apela à vaidade, a outras à ambição. Nuns descobre um vício, um defeito, um complexo ou um trauma. E explora-o; alimenta-o, manipula-o. E ao homem de fé; domina-o!
          E houve-os em todos os tempos! Os falsos profetas!
          É assim que sem o peso dos escrúpulos, não me surpreende que uma falsa igreja tendo interesse, suborne e corrompa entidades e autoridades, qualquer poder, (havendo dinheiro), para conseguir supostamente sob adopção, o roubo de crianças. Afinal, quantas organizações criminosas de pé-de-chinelo por esse mundo fora, traficam crianças!? Alvos por excelência!
          O que me surpreende. Mais; assusta-me. É o domínio possível a estes falsos salvadores de gentes e suas almas, sobre a vontade dos outros. Proporcionando aos seus seguidores mais próximos, eleitos,  uma vida de luxo ilusória, em que tudo tendo de seu nada possuem. Este líder trabalha a dependência  a um status; a um modo de vida para lá de desafogada, repleta de prazeres, confortos, e mesmo algum poder aparente, que pagam, no talento de saque material aos fieis. Depois com esse contra-peso, (a mão que dá, é a mão que tira), controla como marionetas, a seu belo prazer, como quem, mais do que seu representante, o próprio Deus se sente ser, montando como peças de um jogo seu, famílias que pretende perfeitas, no exemplo, e na "Graça de Deus", através da igreja, que claro é ele. Aos fiéis, vende um sonho, de dádiva e benesse, que os fieis só atingirão despojando-se dos bens, seus e se possível da família, pagando,(não doando), parte do que ganham, e entregando-o à única entidade divina, possível de operar esse milagre. A igreja dele, a tal, que afinal é ele.
          Como Deus, que escreve direito por linha tortas, a ele, líder, não lhe quis dar netos de uma das duas filhas. E tão direito escreveu o Senhor, nas linhas tortas, que à filha, a vontade de ser mãe, não se comprovou mais tarde ao tê-los; mesmo roubados. Deixando-os à sua sorte!
          Mas impossível! Não ser perfeita, uma família do líder tão próxima. Próxima demais. Não!
          Má! Péssima publicidade!
          Possivelmente alguma reza, ele rezou, e ao ouvido, algo lhe soprou: -As famílias perfeitas, também se fazem! -E para não correr o risco de que, mais tarde ou mais cedo, filhos biológicos viessem a perturbar o equilíbrio de família anúncio de margarina, e já agora, que investia numa ideia publicitária; e boa! Porque não estende-la aos seus discípulos mais próximos, contratadores de fieis, exemplos e exemplares vendedores de fé. Afinal, a quem a igreja, que é ele, regala com uma rica vida. Na família da filha, estéril a senhora, não havia esse perigo. Aos outros, casais saudáveis e férteis, a solução torna a vasectomia obrigatória  aos homens. E a seguir a adopção imposta. Num projecto de propaganda religiosa em dois tempos, e a longo prazo. 
         Como panfletos de mensagem de cativação, material roubado, exibidos nas sessões de culto na promoção do produto, crescem estes filhos de furto, pseudo-filhos de quem, sem relação parental, os entregua a terceiros, numa equação familiar em que o amor não entra, porque não existe. Ficou queimando de dor, naqueles que lhe deram a vida e os choram.
           E o que temos:
           Temos uma organização protegida pelo estado, que se diz religiosa, que finge defender um Deus cujos ensinamentos contraria, que visa, atropelando todo e qualquer direito ou respeito para com o ser humano e seus sentimentos, o lucro financeiro, a cobro de uma fé que explora. E radicaliza ao ponto de conseguir, que, sob demanda do líder, casais esterilizem a sua fecundidade, sufoquem o seu instinto paternal, sujeitando-se os "machos", à mutilação, e impondo em seu lugar para criação e educação, (leia-se exploração), os roubados, filhos amados de outros.
          Não o querendo, a outras semelhantes a reflexão me transporta, com outra aparência, nomes e vestes, lá longe, a onde para além de roubadas, por vezes como igual forma de propaganda, usadas como instrumento de morte, as crianças, fazem-se explodir, matando no intento inocentes.
          Sobre esta, e talvez outras que desconhecemos o grau, assustadoramente aqui tão perto, com fieis seguidores que cumprimentamos todos os dias e até um canal de televisão num idioma que nos é querido, me pergunto, quanto faltará, se os objectivos o justificarem, para contra inocentes, inocentes fazerem explodir. 
             E a nós, para olhando o conseguir ver?
             
                                              V.D.              

                        

                       Precisamos de um Ditador à escala Mundial


  Neste momento, sobre este texto de opinião, em alguns conscientemente e noutros como uma incomoda cocega no subconsciente, há já quem o odeie. Pelo título, e principalmente por o mesmo os ter trazido até ao texto. No fim, todos eles e muitos mais o irão odiar. Uns poucos, o entenderão e raros o aceitarão; e apenas você, e...você, com ele concordarão.
     Mas todos, todos nele irão pensar. E por isso o escrevo!
     Apenas e só por isso, escrevo o que escrevo.
     Precisamos de um ditador, à escala mundial!
     A surpreendente capacidade que o Homem tem individualmente, de criar, inventar e desenvolver, só é superada pela mais surpreendente ainda, capacidade que colectivamente o Homem tem, de fazer asneira. É incrível!
    O muito que devemos a homens como Galileu, D`Vinci, Einstein, e outros de uma sublime e orgulhosa lista histórica, é suplantado apenas pela vergonha, daquela outra que inclui, inquisição, escravatura, holocausto, bomba atómica, e o que fingimos esquecer, e o mais que recusamos nela incluir.
    Somos desta forma!
    Sempre muito seguros de si, sempre muito convictos, nós não erramos. Nós sabemos sempre o que fazemos. E depois, olhamos para trás e vimos a merda que fizemos. Procuramos então desculpas, justificações, estudos ajeitados que nos abone, (custa-nos a aceitar), e lamentamos.
    Porque nisso também somos bons! Em lamentar!
    Desde o fogo, passando pela pólvora, e até nos nossos dias com a Internet, nos orgulhamos da descoberta da criação, para depois, mais tarde ou mais cedo, por isto ou aquilo, lamentar-mos a utilização que damos. Criamos o pretexto, para depois lamentar tê-lo feito.
    No momento não!
    É assim e pronto; queremos e creditamos que estamos certos, e os que se levantam e contrariam, a gente elimina. Os incómodos, nós fechamos, isolamos, queimamos em fogueiras, exterminamos. Mas tal como antes dos grandes erros do passado; nós temos sempre razão. É assim e pronto!
    O que nos garante, que não estejamos como sociedade a viver um desses grandes erros? Que um dia no futuro ao olhar para trás, nós homens, eles homens, não vão sentir vergonha como nós sentimos hoje, e os que covarde-mente não o sentem, deviam, dos nossos estúpidos erros do passado.
    O monstro desta vez, é de tal forma estrutural, que nos destrói se o quisermos destruir, sob pena de vermos sublimada a sociedade tal como a conhecemos.
    O consumismo!
    Em que o homem se consome.
    E com ele, o falso progresso!
    Quando o Homem se sente ameaçado, ou perante um obstáculo, ou uma dificuldade, o homem procura a resposta. Pergunta-se na filosofia, investiga, pensa, e os nossos génios dão a resposta, criam a ciência e a vida fica mais fácil, mais segura, confortável, saudável e feliz. E esse é o bom progresso; o progresso resultante da luta do ser; por ser feliz.
    Depois o outro. O mau progresso. Mau pelas consequências, porque no fundo ou é principalmente um progresso inútil, ou o que tem de prejudicial na degradação da qualidade de vida, na extinção de recursos ou espécies, nunca justificaria na apreciação sensata colectiva, a sua existência. Isto é, se todos, em todos pensássemos juntos, nunca nele sequer pensaríamos. Mas vantajoso para alguém, para um grupo restrito, fazedor de fortunas, inútil para a sociedade e nocivo para o mundo, ele avança.
    Um progresso egoísta, resultante da desenfreada competição económica, do necessário lucro a manter e aumentar, criador de bens e serviços de curta vida, pois desnecessários na sua essência, rapidamente outros o suplantam. Destruidor do equilíbrio de gerações, da importante passagem de testemunho do conhecimento, do culto saudável do comum entre país e filhos, que permite a evolução conjunta. Ele cria assim um fosso, em que a geração que chega, considera obsoleta a que a antecede, despreza o seu saber, vivendo ela mesmo dentro do seu espaço de tempo, num completo desperdício de uso, desfrute e desenvolvimento do conhecimento, tendo que receber, aprender e aplicar o que chega, sem o viver. Como aprendeu e aplicou o que acabou pouco antes de receber, como progresso.
    O que se dirá? Que estou velho!
    E à luz desta mascarada realidade, estou sim.
    Isto porque é verdade, não consegui apreender tudo o que esse progresso nos ofereceu nos últimos trinta anos, vinte anos, e isso faz de mim perante a sociedade,  um ser velho. Luto para não me deixar ultrapassar, em duas décadas, o que os nossos avós lutaram em quatro, ou seis. Sou tecnologicamente velho com meia idade, mas fui jovem e actual, durante três, quatro décadas. E é esse ser velho que sou, que me permite ver o quanto velho este progresso faz dos jovens, ao vê-los desesperados correrem atrás dele, sem nunca o alcançarem, desfrutarem e viverem em conjunto com os pais com quem o aprendem, ou deveriam e com os filhos a quem o ensinam. 
   Aprendem,envelhecem e se ultrapassam, numa geração só.
   E quando, na mesma esfera familiar, laboral e social, as três gerações que coabitam, nada têm a aprender ou a ensinar uns aos outros, separam-se, desligam-se, degradam-se na sua relação. Não se admiram, não se respeitam, vivem em tempos diferentes dentro do mesmo tempo. Tempo esse, que prematuramente os envelhecem a todos, não lhes deixando usufruir e viver o aprendido. O que prova a sua inutilidade, pela curto espaço de tempo de validade.
   Individualmente, quando pensamos, sentimos essa assustadora realidade, reconhecemos o quanto importante se torna alterá-la. Colectivamente, continuamos no mesmo sentido, comprando esse progresso puramente economista, egoísta e ganancioso, vendo-o destruir o mundo em que vivemos, degradar a nossa subsistência, criar graves problemas existencialistas, sociais e humanos, que travaríamos se individualmente não fosse rentável.
   Balelas? Será!?
  Vejamos um exemplo. e apenas um. O que, como defendido, ganharia o mundo com os transgénicos, ganham na verdade apenas alguns. A fome não diminuiu, as fortunas aumentaram, o meio ambiente deu um passo na degradação, espécies importantes ao equilíbrio, se perderam. E querendo mais exemplos, procuremos por detrás do aquecimento global que os encontramos, na poluição do ar, dos oceanos, nas raças em extinção, na fome e miséria social.
   E porquê; como, chegámos aqui?
   É que colectivamente, não temos o que nos leva longe individualmente. Quer para o bem quer para o mal. A ambição e a ganancia, o egoísmo, a inveja e a vaidade, este o preferido pecado do diabo. Mas também o sonho, a imaginação, o ódio e o amor. Tudo motores que  nos fazem lutar, e lutar para seguir em frente sem olhar para o lado e ver o outro. Mas estes predicados, pertencem ao homem, ao homem per si. Colectivamente, não conseguimos torná-los uno e comuns a todos. Então seguimos os predicados de alguém. Seguimos o sonho de alguém. A ambição, o desejo de poder de alguém.
      Alguém genial-mente, (também esta, é uma forma de ser génio), vaidoso, egocêntrico que baste, seguro, convicto, daqueles que sabem sempre o que é; o porque é assim, e que subindo para cima de uma cadeira, diz:
        -Parece humano,mas é de outra cor, é bicho! 
        E em nome do progresso criou-se a escravatura; e como ela contribuiu para ele.
        -Tem defeito, mata! -
         Apurando-se a raça.
        -É fraco; explora! 
        E assim com grandes colónias se criaram os grandes países.
        -Tem um Deus com outro nome; expulsa!
         Pois; este ainda é actual.
        -É mulher; vale menos!
          Porque a tradição,...
        -Dá lucro; 
         E o planeta fica mais pobre! 
    E assim entregues ao talento e carisma de alguns, numa daquelas coisas que criámos e lamentamos  não saber usar e chamamos democracia, o homem os segue. Estes génios, uns porque crentes no que crêem, outros crentes em si mesmo, em seus interesses, pastoreiam-nos a seu belo prazer, suas vontades, sonhos, ideais, ódios e paixões, ganancias de dinheiro ou poder. Vão-nos dando migalhas de bom progresso, doses massivas do outro. Do tal, trocando a cura da tuberculose, pela criação da sida, o conforto da tecnologia pelo stress e sedentarismo, o natural que é feio, pelo artificial que é bonito, o saudável pelo rentável, o conforto e a ilusão na velocidade de um carro, que faz apenas alguns minutos desde aqui até ao hospital ou mais rápido, à morgue. E por esse privilégio, mais trezentos canais na tv, e um comando para puxar o autoclismo, dizem-nos o que fazer, dizer, comprar, levam-nos para a guerra, fazem de nós heróis ou mártires, fazem-nos destruir, para depois nos concederem a oportunidade de gastarmos a nossa vida a construir, impérios para eles.
    Pai, nós temos! Temo-lo a Ele!
    Mas Deus, obrigado a respeitar o compromisso para com o Homem, dando-nos o livre arbítrio para que evoluamos, com dificuldade vê os nossos defeitos. Tem cegueira de pai, ama-nos, e vai-nos tentando avisar, proteger, e vê-nos cair, ou com venda nos olhos caminhar para o abismo. Frustra-se e sofre!
    E quem é pai, sabe como é. Como o entendemos. Os putos só fazem o que querem!
    Resta-lhe enviar indícios, o ultimo, com mais de cinco mil quilómetros quadrados, chega-nos em forma de icebergue, mas o Homem não enxerga, apenas vê, e tira selfies.
    Não! Não será fácil!
    Encontrar no Homem um ditador, que pense mais em nós do que nele, que nos eduque, que nos veja como um uno. Que nos obrigue a separar o que necessitamos do que queremos necessitar. Que nos impeça de fazer asneiras, cometer erros dos quais poderá não haver no futuro, homens para deles se envergonharem. Não será fácil de encontrar! Quase, quase impossível!
    Mas que precisamos; precisamos, de um Ditador à escala Mundial.
    Infelizmente; precisamos!
    Ou não!

 Proponho um exercício para fazer sozinho:
      -Fazer uma lista de tudo o que materialmente temos. Retirar dela, tudo o que nem usamos, tudo o que poderíamos deixar de ter para o bem de todos, e quanto devemos ao que fica, os momentos mais felizes da nossa vida.

                     Colectivo e humano abraço
                                V.D.

   De três coisas nesta vida, o Homem nunca duvidou ter como suas, certas e inevitáveis, precisamente as três, que sustentam a vida: O Sol, que começa a ser perigoso, o ar que poluímos e a agua, que ameaçamos esgotar.
    Se calhar; está na altura de pararmos para pensar! Juntos, se conseguirmos!







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