REFLECTIR: Mais um atentado, e nós sem medo

 

          

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                                     ➤   Mais um atentado e nós sem medo


 Pois é, mais um atentado ! E desta vez a onde? Concerto de quem? Quantos são já ?
    Começamos a perder-lhe a conta; e quando a uma coisa má, lhe começamos a perder a conta...? Não é bom sinal !
     Devíamos talvez abrandar, esta qualquer força que nos empurra diariamente, sem nos deixar já sentir o presente, nem seque pensá-lo. E parar por momentos e pensar!
     Como; não digo começou, isso é um passado mais longo e de sombra ainda maior, mas digamos, reactivou. Ainda o lembramos? Claro a guerra na Síria, o Iraque, foram motivos, mas era mais lá, a acção. Em nossa casa, digo a grande, a europeia, teve em parte a ver com a nossa preciosa liberdade de imprensa.
     Mas a Liberdade, a liberdade tem que se fazer acompanhar pela responsabilidade. Seja ela qual for. Liberdade política, social, sexual, religiosa ou de imprensa. E Liberdade responsável, foi penso eu, o que nos faltou no " somos Charlie Hebdo.".
     Se vivo ao pé da fera, e tenho eu que com ela que coabitar, e vivo melhor quando Hiberna, assim, embora com reconhecido direito a ouvir musica alto, tenho que pensar se acordar a fera, compensa o acto de liberdade ? É que esta fera não quer dialogo, não tem sentido de humor, e muito menos quando a brincadeira tem como alvo, o que o torna fera. O seu Deus !
    Por esta altura, talvez alguns de nós estejamos a pensar. Visto desta forma...
    Eu espero que sejam muitos.
    E não! Não estou a insinuar nada! Que a imprensa se cale?! Que se iniba !? Não!
    Que foi irresponsável, sim ! Na minha opinião, claro. E dito isto:
    Eu posso estar enganado! Sem falsa modéstia ou orgulho bobo. Eu devo estar errado. Aliás, estatisticamente, (e as estatísticas hoje são muito importantes), eu estou errado. Afinal toda a imprensa viu de outra forma. Toda a população francesa, senão europeia e arredores, viu de outra forma. Os parlamentos dos países, o de Bruxelas, viram de outra forma. E todo Mundo, todo Mundo menos eu e talvez mais alguns, gritou em uníssono, "-Não temos medo!"
    Mas a história, a do homem claro, oferece-me  uma réstia de infeliz esperança de estar certo. Afinal, também milhões acreditaram na inquisição, na escravatura, (o quê, ainda há quem acredite ?Não posso!? Enfim!), e outros no holocausto, na bomba atómica, mais recentemente na intervenção no Iraque, na energia nuclear, (nesta eu sei que ainda acreditam ), e eles, bem eles, (shiu! Baixinho...) eles supostamente acreditam piamente, que fazerem-se explodir, ou a outros, contra inocentes, é de alguma forma, uma causa justa, ou satisfaz um Deus que se pensa bom.
     É, por um momento; por um momento posso até estar certo!
     É que eu tenho medo!
    Não sou covarde, nem sequer medroso. Antes pelo contrário, dito por outros, (como fica bem nestas coisas), sou até corajoso. É que eu, já passei do meio século por aqui, aos "trancos e barrancos", e aprendi na vida, num dos barrancos, que ser corajoso não é não ter medo. Não ter medo é no mínimo, inconsciente, ou irresponsável. Não tem medo o louco, não tem responsabilidade, não tem medo a criança pequena quando cai no buraco, não tinha consciência do perigo.
    Ser corajoso é ter medo, e agir para além dele. Superá-lo e defender ou atacar. Mas o medo é bom; o medo é bom conselheiro. O medo torna-nos cautelosos, prevenidos, desperto e atentos. o medo só tolhe os covardes, e esses são-no de qualquer maneira.
     Mas atenção! Isto foi o que eu aprendi. Pelos vistos a maior parte de todos nós, aprendeu de outra forma, e certamente, pressupõe-se, a mais inteligente!
    E com certeza; quem sou eu... Devo estar sem dúvida errado. Muito embora...
    Dizem-me, "-Não se trata de não ter medo, o importante é não o mostrar!
    O quê? E isso é bom!? Como ?
    Receamos mais, o animal que no medo põe as unhas de fora, arreganha os dente, e rosna pronto a atacar, ou que borrado de medo passa por nós a assobiar? Porque sendo assim, é isso, nós vamos tremendo, disfarçadamente assobiando, e eles, escolhendo o local a onde vão rebentar connosco. Decerto haverá uma estratégia,  muita gente inteligente a pensar nisto e a decidir. Acontece que, se a formula é esta, há que repensá-la pois parece-me que estamos a perder.
    Definitivamente, eu estou errado! Desculpem-me o desabafo.

                                                                                                         Vicente Delmar

Dicionário VD.- Politicamente correto . = cai mal dizer;
                                                                 = se ninguém diz, não se diz
                                                                ou ainda:
                                                                = não diz porque não se diz e pronto

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